Sem teto, nem lei - Agnès Varda ( França, 1985)


Os mestrandos em Educação pretendem traçar algumas relações entre o filme e o texto, destacando as características do filme com o contexto histórico em que os temas feminismo e direitos humanos suscitam. Através da personalidade da protagonista há um desafio de refletirmos sobre o que é realmente ser livre.
Bons estudos!

Textos para o debate:
1) "Quando elas começam a filmar: feminismo, cinema e direitos humanos"
http://www2.faac.unesp.br/ridh/index.php/ridh/article/download/292/140  artigo da autora Ana Catarina Pereira publicado na Revista Interdisciplinar de Direitos Humano ( RIDH).
 2) "Imaginários em crise: Agnès Varda, feminismo e o pós-1968". https://seer.utp.br/index.php/i/article/view/110/81 artigo de Mauricio Caleiro
Outros Títulos:
Os renegados (Brasil)
Os desajustados (Brasil)
Sem eira nem beira (Portugal)
Vagabond (USA, UK, Suécia)
Senza tetto nè legge (Itália)
Sin techo ni ley (Espanha, Argentina)
Sem fedél, sem törvény (Hungria)
Bez dachu i praw (Polônia)


"Mas, se o melhor jeito de apresentar um objeto é admiti-lo enquanto pessoa, qual seria a forma adequada de se apresentar uma pessoa? Em Sem Teto, Nem Lei (1985), Varda responde essa pergunta fazendo o caminho inverso de O Leão Volátil. Mona, sua protagonista, existe enquanto personagem sim, mas talvez, principalmente, enquanto espaço. Sua figura errante, anti-psicologizada, quase desagradável, é vista sempre pelos olhos dos outros, os habitantes das regiões por onde ela caminha. Quando começa o filme, alguns jovens reconhecem seu corpo em um cartão-postal, e de certa forma é essa a síntese da função que Sandrine Bonnaire viverá durante Sem Teto, Nem Lei: modificar o ambiente já estabelecido, conservado. Os travellings que surgem na narrativa examinando a região e acompanhando a protagonista parecem afirmar que aquela mesma região agora é outra com ela, sua presença não pode ser ignorada. Mas não é presença de mulher, nem de animal, nem de coisa; é presença, simplesmente. Seu corpo antes desconhecido se soma ao ambiente, e isso basta. Mona é o Leão Volátil, é Zgougou, é a cidade de Paris. Mona é Mona. Esse conjunto de pessoa, objeto, ambiente e tudo o mais que nunca poderemos compreender por inteiro" (http://www.contracampo.com.br/83/artarquitetando.htm)


Algumas sugestões adicionais para reflexão:
http://thebelljarsgirl.blogspot.com/2016/03/critica-sans-toit-ni-loi-1985.html
https://trujillopatriciocinema.blogspot.com/2012/05/sans-toit-ni-loi-sem-teto-sem-lei.html

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