Um Só Pecado


Por Darlei Francisco de Souza,

Letícia Vieira Barbosa e

Thaianne Ribeiro Salles

Ficha técnica

  • Nome: Um Só Pecado
  • Nome Original: La PeauDouce
  • Cor filmagem: Preto e Branco
  • Origem: França
  • Ano de produção: 1964
  • Gênero: Drama
  • Duração: 118 min
  • Direção: François Truffaut
  • Elenco: Jean Desailly, Françoise Dorléac, Nelly Benedetti

Quinta obra do autor, Um só pecado lançado em 1964, é um filme alter-ego de Truffaut, enriquecido com detalhes de fatos verídicos tirados dos jornais. Naquela mesma fase, Truffaut enfrentava uma crise no casamento. Assim como o autor principal do filme, Truffaut cometeu um adultério e fazer um filme com o mesmo enredo de sua vida, seria como contar um pouco de suas aflições para o público.

O seu roteiro escrito pelo diretor em parceria com Jean-Lois Richard é baseado em diversas histórias verídicas (inclusive experiências suas) que foram reunidas e transformadas em filme. A narrativa da obra é bem linear, com lentos movimentos de câmera que lhe conferem um ritmo bastante suave e preciso. O filme conta a história de Pierre Lachenay (Jean Desailly) um intelectual bem sucedido que possui uma editora e escreve livros e artigos sobre literatura. Ele é casado com Franca (Nelly Benedetti) e tem uma filha chamada Sabine (SabineHaudepin). Durante uma viagem de trabalho a Lisboa, onde Pierre iria realizar uma conferência sobre Balzac, ele conhece Nicole (Françoise Dorléac) uma bela e jovem aeromoça. Já durante a viagem de avião Pierre a reparar a bela moça. Por coincidência os dois estão hospedados no mesmo hotel e se encontram no elevador. Após conversarem no elevador Pierre liga para Nicole e a convida pra sair. A moça após certa relutância resolve aceitar o convite. A partir disso os dois iniciam uma relação amorosa.

A partir do momento em que ele se apaixona pela aeromoça, tudo em sua vida passa a ser afobado e repletas de mentiras para que Lachenay pudesse se encontrar com a moça.

Essa relação amorosa passa a ter mais problemas, pois o escritor não consegue esconde-la por muito tempo. O escritor recebe um convite para dar uma palestra na pequena cidade de Reims, econvida a aeromoça para passar uns dias com ele na cidade onde iria trabalhar. A priori as intenções do famoso autor era acabar suas atividades rapidamente e aproveitar os demais dias com sua amante, porém seu colega de juventude marca para ele vários compromissos profissionais que dificulta seus momentos com Nicole. A moça se revolta com aquela posição secundária na agenda de Pierre e ameaça deixa-lo e voltar para Paris sozinha. Para que a moça não fizesse isso, o renomado escritor abandona seu colega na cidade e foge com a moça para uma pousada no campo. Lá, eles vivem momentos de amor e afeto e tiram fotos para recordar o momento. Em determinado momento, Pierre mente para a esposa durante uma ligação alegando que ainda estava em Reims, porém Franca já havia ligado para o hotel onde ele estava, e havia recebido a informação de que ele já havia saído de lá há duas noites.

 Após os momentos de alegria com Nicole, Pierre regressa a Paris, e ao chegar em casa inicia uma discussão com Franca, que pede o divorcio após suspeitar que o esposo estaria traindo-a com uma outra mulher. Sem se queixar de sua decisão, Pierre sai de casa, e começa uma procura por um flat. Em um breve regresso para o lar dos Lachenay, Pierre acaba beijando Franca e se envolvem em uma cena que novamente Truffaut deixa subtendido o que aconteceu naquele momento. Porém ao ir embora de sua casa, o escritor diz que não poderiam mesmo voltar a ficarem juntos. Momentos depois uma funcionária de uma lavanderia – que havia acabo de lavar o terno que Pierre havia sujado em um encontro com Nicole – é entregue para Franca, que acaba recebendo um “cupom” que estava no bolso do terno para buscar as fotos reveladas a pedido de Pierre.

Enquanto isso, Pierre faz planos de se casar com Nicole e vão juntos conhecer um apartamento para que pudessem morar. Durante uma das conversas no futuro apartamento, Nicole se posiciona contrária à vontade de se casar com Pierre, visto que em um de seus encontros ela não se sentiu bem perante a postura dele, por repreendê-la ao falar alto em um restaurante. Franca ao buscar as fotos reveladas, confirma sua suposição de traição e volta furiosa para casa, solicita que a babá de Sabine a leve para Odile após o almoço. Enquanto isso ela prepara a arma do crime – uma espingarda que ficava guardada dentro de um guarda roupa. A aventura de Pierre – de que já havia sido abandonado pela jovem aeromoça- termina com o seu assassinato, em um restaurante lotado, na hora de almoço.

®    Ideia Central:
A ideia central do filme é um alter-ego de Truffaut, contando seu caso extra conjugal com um misto de culpa, ansiedade, alegria, impotência, postura irracional por ser tomado pelo amor e por um prazer que mesmo momentâneo foi inesquecível.
®    Cena de maior impacto:

Quando o Pierre tira as meias de sua jovem amante Nicole que estava adormecida, acariciando sua pele. Esta cena possui ao mesmo tempo um erotismo e uma delicadeza que retrata o desejo e a paixão que o escritor possuía pela moça.

A forma como Franca reagiu após matar seu marido, dando um sorriso bastante sarcástico.
®    Contribuição para a disciplina:
Conhecer mais uma obra de François Truffaut e suas formas de pensar a construção de seus filmes, deixando algumas cenas subtendidas e a forma suave em que o filme passa mesmo em momentos de maiores tensões.
®    Relação do filme com a formação:


O filme nos fez refletir acerca de que quando nos tornais profissionais em uma sala de aula, nós devemos deixar de esclarecer os alunos sobre o respeito aopróximo, pois assim estaremos formando alunos mais críticos e conscientes de si mesmo e do outro.  O professor deve estar apto a trabalhar em sala de aula os conhecimentos universalizados, participando da concepção e criação de modelos de educação alternativos, por meio de conteúdos curriculares capazes de contribuir para o questionamento e compreensão dos limites, possibilidades, valores, culturas, atributos étnicos, religiosos, etários, de gêneros, pois estamos lidando com sujeitos em suas efetivas particularidades. É ainda papel do professor ter legitimidade em suas aulas e que busque fundamentações para se basear para não sentir-se impotente perante este novo contexto em que o aluno vive e/ou está vivendo e ainda dar condições para a transformação do senso comum para o senso crítico, onde o aluno passa a ter uma visão reflexiva. Dessa forma ao romper com o senso comum, dando condições a debates, a críticas e manifestações e a contradições o aluno estará passando pelo processo do conhecimento, e é importante que o professor possa desvincular do aluno o “pensar por pensar”. 

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