Por Pâmela Maria de
Andrade
Assim como uma série de
outros filmes de Truffaut, esta também é uma adaptação da obra literária, desta
vez do suspense de Cornell Woolrich (1903-1968). Alguns leitores da obra,
entretanto, afirmam que o filme não seria muito fiel ao livro. Para aqueles que
acompanham o trabalho do cineasta reconhecem que ao adaptar romances ao cinema
o importante para ele era ressaltar aspectos que julgava ser importantes a
partir de sua própria leitura valorizando a linguagem cinematográfica, e neste
caso isso também acontece.
Lançado em 1967, “A noiva
estava de preto” é um suspense dirigido por François Truffaut com roteiro
assinado pelo próprio diretor juntamente com Jean-Louis Richard. O filme conta
a história de Julie Kohler (Jeanne Moreau) que realiza uma série de
assassinatos por vingança da morte de seu noivo que foi morto em pleno altar.
Na narrativa, Julie se
apresenta como uma mulher misteriosa que usa de disfarces e sensualidade para
realizar sua vingança. O suspense se dá a medida que ela escolhe suas vítimas e
o papel que esta desempenha na trama é revelado.
Podemos concordar ou não
coma postura da personagem principal, mas é inegável que esta se apresenta de
forma tão instigante que muito se tem de discussão acerca de sua força,
determinação, poder de manipulação e feminilidade, que foi registrada de forma
impar pelas lentes de Truffaut.
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