Domicílio conjugal


Por Pâmela Maria de Andrade

“Domicílio conjugal” é mais uma obra dirigida por Truffaut que, como autor de sua própria obra, também assina o roteiro juntamente com Bernard Revone Claude de Givray. Trata-se de mais um filme estrelado por Jean-Pierre Léaud no papel de Antoine Doinel que, desta vez, aparece casado com Claude Jade no papel de Cristine.

Doinel trabalha tingindo flores enquanto Cristine dá aulas de violino. Quando ambos descobrem estar esperando um filho, Antoine decide encontrar um emprego melhor para poder sustentar a família que crescia. Contudo, mesmo estando mais velho e casado, o personagem ainda não amadureceu o suficiente para a vida adulta e ainda continua “metendo os pés pelas mãos”.

Em dado momento, ao conseguir emprego numa multinacional, Doinel conhece Kyoko (Hiroko Berghauer), uma excêntrica japonesa que se torna sua amante. Ao descobrir isso, Cristine decide se separar e o marido vive intensamente o novo romance. Claro que o que atraia Antoine era a exoticidade, o mistério, e isso logo teve fim fazendo com que ele sentisse cada vez mais falta da esposa.

Através da filha, ele realiza uma série de investidas para tentar reatar com a esposa que deixa claro sua insatisfação com a relação e com a imaturidade do parceiro. Sem dúvidas esse é um momento muito importante na vida do personagem que Truffaut registra divinamente através de seus enquadramentos precisos e de sua visão única.


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