Por Pâmela Maria de
Andrade
O filme “O último metrô” é
um drama lançado em 1980, dirigido por François Truffaut que também assina o
roteiro juntamente com Jean-Claude Grumberg e Suzanne Schiffman. Sendo um homem
inegavelmente apaixonado, o cineasta faz dessa obra uma declaração de amor ao
teatro, à vida e à sua nação.
A trama ocorre numa França
de 1942 tomada pelo regime nazista, onde a atriz Marion Steiner (Catherine
Deneuve), assume a direção do teatro de seu marido Lucas Steiner (Heinz Bennent),
um judeu-alemão procurado que se vê forçado a se esconder no porão do próprio
teatro por ser impossível fugir do país e é dali que continua secretamente seu
trabalho de diretor.
Numa época em que existia
o toque de recolher e que qualquer um
que vagasse nas ruas após a meia noite corria riscos de ser preso, era muito
importante que não se perdesse o último
metrô, e daí que, supostamente, vem a inspiração para o título da obra.
Como diretora do Theatre
Montmartre e com a ajuda de um amigo, Marrion monta uma peça que seu marido
deveria dirigir e convida Bernard Granger (Gérard Depardieu) para estrelar o
papel principal. Durante os ensaios surge uma atração entre os dois.
Com um enredo que tinha
tudo para tornar o filme demasiado denso, Truffaut faz com que este, apesar de
ainda possuir um ar melancólico, apresente um tom envolvente e esperançoso,
como ocorre em outras obras do diretor.
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