Por Luciana Azevedo Rodrigues
Esse
filme é um clássico do cinema mundial, dirigido por François Truffaut, com
duração de 115 minutos. De origem francesa e lançado em 24 de Maio de 1973.
A
história contada não é algo comum de se ver no cinema. O filme mostra como se
cria um filme, como se fosse um filme dentro de outro filme. O filme gravado
dentro de “A noite Americana” chama-se “A chegada de Pamela”. Este conta a
história de uma jovem inglesa (Pamela) que é casada com Alphonse. E quando
Alphonse vai até a casa de seus pais para apresenta-los à Pamela, ela acaba se
apaixonando por Alexandre (pai de Alphonse) e ele por ela, e depois eles
decidem fugir para Paris e acabam tendo um final trágico.
Mas
a ideia central não é a história do filme “A chegada de Pamela”, mas sim de
como ele foi criado. As cenas dos bastidores, de tudo que ocorre durante as
filmagens é o contexto principal. E também a história dos atores no filme, como
de Alphonse que tem uma mente um pouco infantilizada, tem um caso com Liliane
(integrante da equipe de filmagem), mas que acaba sem ela no final. Severine,
que interpreta a mãe de Alphonse, tem problemas com álcool e emocionais que
acabam prejudicando sua atuação. Alexandre, que está quase sempre no aeroporto
por seu companheiro, acaba tendo um fim trágico nos dois finais. Ferrand, o
diretor, este interpreta algo parecido com sua própria vida real, ele é o
principal, que organiza e dirige toda realização do filme. E Julie, interpreta
Pamela, esta que sofrera alguns ataques de pânico, casou-se com seu médico Dr.
Nelson, e conseguiu filmar o filme sem acontecer algum problema.
Uma
parte que nos chama atenção é o fato do próprio Truffaut fazer parte do filme,
com o papel do diretor do filme de “Pamela”. Ficou bastante interessante porque
ele tem seu próprio estilo de dirigir e um ator não teria capacidade de atuar
com as características que Truffaut teria em uma direção habitual. Única
diferença entra os dois diretores (Ferrand e Truffaut) é um aparelho de surdez
que Ferrand usou nas gravações.
A quantidade de referências que aparecem também é algo que
nos chama atenção. A principal é uma homenagem que Truffaut faz aos diretores
que marcaram sua vida. Como personagem Ferrand ele joga sobre a mesa livros e
alguns nomes ficam nítidos, como: Buñuel, Carl Theodor Dreyer’s, Lubitsch,
Ingmar Bergman, Jean-Luc Godard, Hitchcock, Rossellini, Howard Hawks e Bresson.
Em
alguns momentos não se identifica, em primeira vista, de qual filme é a cena
mostrada. E logo após aparece as câmeras que estavam gravando aquela
determinada cena. Isso nos força pensar em uma comparação da cena gravada
normalmente e dela de como foi gravada, com todo equipamento técnico e toda
equipe de filmagem por trás. As cenas são muito bem planejadas, a posição das
câmeras captando todo set de gravação nos da uma boa visualização de como seria
os bastidores de todos os filmes já gravados até hoje.
Truffaut
quis mostrar tudo que a equipe passa por trás das câmeras, como: vários
imprevistos que acontecem antes das filmagens de cada cena. Alguns problemas
dos atores de não querem gravar determinada cena. E até mesmo soluções
improvisadas de ultima hora. E também mostra que, apesar dos problemas e
confusões, no final há uma grande satisfação da equipe pelo trabalho realizado,
mostra uma paixão que eles tiveram em trabalhar na filmagem.
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